Giuliano fala sobre o ato contra o racismo em Paris

8 de dezembro de 2020  // 

A partida entre PSG e Basaksehir pela Liga dos Campeões foi interrompida aos 19 minutos do 1o tempo após o quarto árbitro determinar a expulsão de um integrante da comissão técnica do clube turco se referindo a ele como “aquele negro”. A fala do quarto árbitro gerou protesto das duas equipes que se retiraram do campo indo para o vestiário. O meia Giuliano do Basaksehir relata o que houve e comenta a inédita ação dos jogadores dos dois clubes. “Infelizmente hoje nós tivemos este episódio triste do quarto árbitro onde ele foi ofensivo contra um membro da nossa comissão técnica. Se referiu a ele como `el negro´. Muita gente escutou. Nosso treinador que estava do lado também escutou. Isso causou um constrangimento muito grande. Nós como equipe resolvemos protestar porque isso é inadmissível. O racismo tem que acabar. As pessoas tem que entender que não existe cor, não existe gênero. Nós somos todos iguais. Tomamos atitude de sairmos de campo.  Foi um gesto louvável da parte das duas equipes. Esperamos que com isso nós possamos chamar ainda mais atenção para que as pessoas entendam que chega de racismo. Estamos cansado disso. Vamos viver num mundo livre. Vamos aguarda a decisão da organização. Pode se que o jogo seja disputado amanhã. De qualquer forma fico satisfeito porque tomamos uma atitude que considero a mais correta. Vamos ver se isso possa diminuir. Não vai acabar imediatamente, porque ainda vai levar um tempo. Mas se cada vez mais com os nossos protestos evitar estes acontecimento fico  mais feliz” disse Giuliano ainda no vestiário do Parc des Princes, em Paris.

Acaz Fellegger
Jornalista Mtb 19.426 SP

8/dezembro