Alex ficou 3 dias sem sentir a perna. Ele quer voltar a andar normalmente.

8 de setembro de 2014  // 

Após 5 dias da grave lesão que o meia Alex sofreu na partida contra o Flamengo no Maracanã, ele está melhor. “Hoje estou um pouco mais tranquilo. Após o jogo, quarta, quinta e sexta-feira, bem difícil e bem preocupado. Mas hoje, segunda-feira, passados cinco dias, estou um pouco mais tranquilo. Satisfeito com a evolução. Mas realmente, as primeiras 72 horas ali foram horas de bastante apreensão. Mesmo os exames não tendo mostrado nada na coluna, não mostrado nada na musculatura na região onde eu sofri o golpe, eu tinha dificuldade e limitação no movimento da perna direita. E isso me preocupava bastante. Mesmo com os médicos e os fisioterapeutas falando que existiria uma evolução, que existiria a recuperação dos movimentos, isso realmente me preocupava bastante. Mas depois de iniciar a fisioterapia na sexta-feira, aos poucos fui recuperando os movimentos naturais da perna direita e estou um pouco mais tranquilo hoje passado alguns dias” explica Alex que durante 3 dias perdeu os movimentos da perna direita. Não sentia nem os dedos do pé.

“Após o jogo, sai do Maracanã e fui direto para um hospital para fazer os exames. Acabei ficando internado nesse hospital, retornando ao hotel do Coritiba na tarde de quinta-feira. Passei ali mais ou menos umas 15 horas passando por exames e sendo medicado. Eu não sentia a minha perna direita. Não tinha o movimento dela. Sentia umas dores bem fortes. Mas as dores eu conseguia suportar porque estava medicado. O que mais me preocupava é que eu realmente não sentia a perna direita. E isso me preocupava bastante. Voltei para Curitiba assim, sem esse movimento. E aos poucos os movimentos começaram a ser recuperados naquele processo de fisioterapia em cima do que os médicos e os fisioterapeutas desenharam. Então, realmente na quarta após a partida, quinta e sexta-feira foram dias de muita tensão. O movimento era zero, a sensibilidade era zero. Mas hoje graças a fisioterapia as coisas estão aos poucos voltando ao normal” contou Alex nesta segunda feira.

O lance da lesão aconteceu aos 35 do 2º tempo. O zagueiro Chicão entrou com o joelho nas costas de Alex dentro da área. Ele caiu. O árbitro Wagner Reway não marcou a falta e na sequência em contragolpe saiu o 3º gol do Flamengo que provocou a disputa por pênaltis. “Não vi o lance ainda e acredito que também não vou ver. Estava até comentando com uns amigos que eu senti tanta dor no momento. E outra, eu tenho certeza de que foi falta, porque a bola estava controlada quando eu senti o contato. Ai eu fui puxando quando eu tentei recuperar já voltei com dificuldades na perna direita. Continuei no jogo porque o Marquinhos Santos já havia feito as três substituições, senão eu teria saído. Até porque num jogo como aquele não deixar o time com menos um. Mesmo com a limitação grande, acredito que você tendo um homem a mais em campo as vezes até colabora, senão eu teria saído. E essa dor foi aumentando a partir do momento que o jogo ia passando. Eu senti tanta dor e pós jogo indo para o hospital não tenho o jogo vivo na minha cabeça. Por exemplo, se você me perguntar a sequência e como foram as penalidades eu não me lembro. Teria que buscar na internet para ver como foi. No hospital meio que me deu um apagão de tanta dor que eu sentia. Relacionado ao lance eu tenho certeza que foi falta. Agora dizer se o Chicão foi maldoso ou não seria leviano da minha parte, até mesmo porque na minha cabeça eu não concebo um atleta entrar de maneira maldosa para machucar um companheiro de profissão. O do Zuniga eu vi na televisão, acompanhando a Copa do Mundo, foi um lance muito forte. E mesmo sendo um lance muito forte eu também não acredito que ele tenha ido com a intenção de machucar o Neymar. Ele foi com a intenção de matar a jogada. Claro que é uma entrada um pouco diferente, um pouco daquilo que a gente não está acostumado, mas na minha cabeça não entra que alguém vai entrar no jogador adversário para machucar. Então eu prefiro tratar como lance casual de jogo. Infelizmente acabei saindo lesionado com uma lesão que não é comum. Uma lesão que me complica e que me tira de vários jogos. Mas eu prefiro tratar como lance de jogo. Já falei com o Chicão. Ele me ligou após a partida. E passei para ele ficar tranquilo, seguir a vida dele jogando o futebol dele e ajudando o Flamengo. Porque na minha cabeça eu tive a infelicidade da minha contusão, onde prefiro tratar como lance casual de jogo” afirma Alex.

Ele segue fazendo fisioterapia todos os dias e com acompanhamento diário dos médicos. Por enquanto ele não se preocupa em voltar a jogar. No momento ele prefere voltar a andar normalmente. “A minha previsão é poder recuperar o movimento normal de um ser humano qualquer. É aquela coisa de bebezinho. Sentar e levantar sozinho. Começa engatinhar, começa caminhar e depois vai correr. Na sexta-feira quando cheguei a Curitiba não tinha nenhum movimento, a minha sensibilidade era zero. No sábado aumentou um pouquinho a sensibilidade. Os movimentos dos dedos do meu pé direito começaram a ser feitos. No domingo já melhorou um pouquinho. Hoje pela manhã, na sessão de fisioterapia, quando eu tirei a muleta já consegui fazer algumas coisas sozinho sem a ajuda de um terceiro. O que isso já me deixa satisfeito. Não ter que pedir ajuda para a esposa, para amigos e para os filhos. Isso já é um ganho. Agora me imaginar no campo realmente não passa pela minha cabeça nesse momento. Eu quero ter os meus movimentos naturais de poder caminhar, depois de poder correr, de poder dirigir o meu carro para eu poder fazer as minhas coisas sem a ajuda de terceiros. Ai quando a coisa chegar nesse momento, eu entro nos exercícios normais de futebol, mas para isso tem que sentar com os doutores e com os fisioterapeutas, e imaginar qual vai ser a data e a minha condição de poder voltar tranquilo e jogar futebol” finaliza Alex ao telefone na tarde desta segunda feira.                         

O áudio do depoimento está a disposição no site www.fellegger.com.br

Acaz Fellegger
Jornalista mtb 19.426 SP
Twitter: @felleggeragency
8/setembro